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Foto do escritorONG Eco & Vida

Serra de portas abertas para quem ama a natureza

RESERVA ECOLÓGICA Com seis trilhas, sendo quatro disponíveis no momento, o local permite vivenciar as belezas naturais de um patrimônio jundiaiense


Para respirar ar puro, se exercitar e estar em contato direto com a natureza, a visitação monitorada na Serra do Japi retornou neste mês. Ao todo, são seis trilhas que levam as pessoas a conhecerem essa incrível reserva ecológica.

Segundo a Unidade de Gestão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (UGPUMA), os interessados em conhecer a Serra do Japi devem acessar o site da prefeitura, verificar os dias disponíveis para visitação, os monitores responsáveis e qual trilha desejam visitar. O agendamento é feito diretamente com o monitor credenciado, por telefone ou e-mail, e os visitantes pagam uma taxa aos profissionais, sendo que o valor depende da trilha escolhida. Todas as trilhas têm como início a Base Ecológica, na avenida Brasil Tâmega, no bairro Santa Clara. A partir de uma conversa com o monitor, onde são passados diversos conhecimentos sobre a Serra do Japi, o grupo parte para a trilha, sob orientação do profissional.

TRILHAS Mirante (6km - ida e volta): 15 visitantes por grupo. Esta trilha apresenta médio grau de dificuldade, principalmente por apresentar duas subidas íngremes. Possui, aproximadamente, 3 quilômetros de extensão e é possível observar a mudança da vegetação Estacional Semidecídua para a Estacional Semidecídua de Altitude. Ao final da trilha, a 1.185 metros de altitude, é possível ter uma visão panorâmica da cidade e da região. No local, encontra-se um Mirante/Observatório Astronômico Kiko de Matheo, hoje em desuso, construído na década de 80 para avistar o Cometa Halley.

Paraíso (9,4km - ida e volta): 15 visitantes por grupo. Esta trilha apresenta médio grau de dificuldade e é conhecida como Trilha do Paraíso em virtude da cachoeira de mesmo nome. Possui, aproximadamente, 4,7 quilômetros de extensão, e o circuito apresenta vários atributos paisagísticos evidenciando sua alta biodiversidade.

Córrego dos Morcegos (8,41 km - ida e volta): 10 visitantes por grupo. Esta trilha apresenta médio grau de dificuldade. Possui, aproximadamente, 4,2 km de extensão, e o visitante segue em trilha mais fechada e úmida margeando o Córrego dos Morcegos e finaliza em uma área com a presença de várias jabuticabeiras.

Jabuticabeiras (16km - ida e volta): 15 visitantes por grupo. Esta trilha apresenta alto grau de dificuldade, com uma extensão de, aproximadamente, 8 km e apresenta vários atributos paisagísticos, como a Cachoeira das Jabuticabeiras. Esta trilha percorre o ponto dentro da Reserva Biológica mais próximo da sua zona intangível (zona com mais alto grau de preservação e de uso restrito).

As trilhas da Casa do Conserveiro (3,2km - ida e volta, dificuldade baixa) e do Marco Geodésico (4k - ida e volta, dificuldade alta) estão indisponíveis no momento. De acordo com a UGPUMA, a Casa do Conserveiro está ocupada por vespas e o departamento busca alternativas para a retirada, sem prejuízos. Enquanto o Marco Geodésico deve retornar em março ou abril, após alguns ajustes.

BENEFÍCIOS Segundo o estudante de turismo, José Vitor Callegari de Araujo, de 24 anos, os benefícios de fazer trilhas são inúmeros, principalmente para a saúde mental e física.


"Adoro o ecoturismo pela proximidade que ele me dá com a natureza. Acredito que, ao visitar uma reserva biológica, é possível fazer uma interpretação do patrimônio. E isso é ótimo para a preservação de áreas naturais e do equilíbrio ecológico", ressalta.

Araujo frequenta, regularmente, as cachoeiras da Serra do Japi há mais de quatro anos.


"Costumo ir com amigos e familiares. Fazer trilhas sozinho é só para quem é experiente. Sempre existe a possibilidade de ocorrer algum acidente e é melhor estar acompanhado para conseguir ajuda", conta.

A auxiliar de produção, Juliane Sousa Alves, de 25 anos, começou a fazer trilhas há pouco mais de um ano e já está 'viciada' na atividade.


"Todos os finais de semana estou no mato e, por estar em contato diretamente com a natureza, é algo que me faz bem. Sempre estou descobrindo lugares novos e vivendo muitas aventuras no meio deles", pontua.

As trilhas ajudaram Juliane com um problema particular.


"Sempre fui muito tímida e isso me atrapalhava muito. Após iniciar nessa atividade, eu comecei a interagir melhor com as pessoas. Os trilheiros possuem um coração aberto, então, toda vez eu faço uma amizade diferente", comenta.

AGENDAMENTO E INFORMAÇÕES https://jundiai.sp.gov.br/planejamento-e-meio-ambiente/visitacao-monitorada/




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